domingo, 28 de agosto de 2011

O sal da terra (post 3) Quando o sal perde o seu valor.


O sal da terra (post 3) Quando o sal perde o seu valor.


“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” (Mateus 5:13)
Depois de perder o seu sabor, a segunda coisa que “o sal” que não cumpri a sua função perde é o seu valor: “Para nada mais presta”.
Tudo quanto existe tem uma finalidade e uma utilidade, e esta utilidade é o que atribui valor as coisas. Por que será que nos dispomos a pagar mais caro por um carro do que por um ventilador? Sem dúvida alguma o carro nos é bem mais útil.
No entanto, quando algo perde a sua utilidade, igualmente perde também o seu valor. Normalmente ninguém se propõe a comprar uma panela furada ou um pneu careca. Quanto mais usado um carro é, e consequentemente menos eficiente, menos ele vale. De igual modo, as empresas geralmente pagam mais aos funcionários que tenham condições de ser mais úteis.
No mundo espiritual não é diferente, Deus nos criou com um proposito e com uma utilidade pré-definida, a saber, glorificar o seu santo nome. Os servos que não atentam para isso se tornam inúteis, se tornam no verdadeiro “sal insípido”.
Assim como não estamos dispostos a conservar conosco aquilo que não tem utilidade e nem valor, Deus também não deseja o “sal insípido”. E depois de dar-lhe uma boa oportunidade para tornar-se útil, não lhe resta outra opção senão deitar-lhe fora. Uma das passagens bíblicas que, sem dúvida, melhor expressa essa verdade é a parábola da figueira estéril. Confira:
“E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando;
E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?”(Lucas 13:6-7)
Note que o dono da terra já havia procurado algumas vezes fruto nesta sua árvore, como depois de tantas oportunidades ela insistiu em não produzir, ele decidiu por fim corta-la. Sua atitude é totalmente coerente, tanto que ele faz questão de justificar a sua decisão: “por que ocupa ainda a terra inutilmente?”. É totalmente inviável investir em algo que não traz retorno, que não cumpre o seu papel, que não traz o resultado que dele se espera.
Os leitores da bíblia sabem que o dono desta vinha é o Senhor, e que a figueira estéril são os seus servos que não produzem os frutos que o Senhor espera deles. Eles são “o sal insípido”, o sal que perdeu o seu sabor e que agora não tem mais valor algum.
Agora o que os bons leitores da bíblia também sabem, é que em matéria de seu útil a Deus, nenhum de seus servos pode gloriar-se em si mesmo, haja vista que, todos nós nos fizemos inúteis por causa dos nossos pecados. E se dependesse de nós esta parábola teria um fim muito lógico, porém, muito triste para nós. Mas para nossa felicidade ela tem uma continuação:
“E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque;
E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar.” (Lucas 13:8-9).
Um outro personagem se pronuncia nesta história, alguém resolve interceder em favor da figueira estéril. E mais do que isso, resolve se dedicar a ela: “deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque;”.
Este vinhateiro não é outro senão o Senhor Jesus, o qual se dedicou a nós, figueiras estéreis que éramos. Isto ele fez, quando resolveu deixar a sua glória no céu, para vir a este mundo morrer pelas nossas vidas.
Cada crente é uma figueira que não dava fruto, mas que agora teve sua esterilidade curada pelo sacrifício do seu Senhor; é o sal que não tinha sabor, mas foi restaurado pelo Sol da Justiça, o nosso Salvador. Tudo o que temos que fazer agora é não voltar ao nosso antigo estado. Porque ninguém poderá fazer por nós novamente, o que Jesus fez naquela rude cruz.

Buscando ser o sal que conserva o seu sabor, a fim de ter valor para o meu Senhor.

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